domingo, 17 de outubro de 2010

Bom,

Eu gosto muito de escrever textos falando do quanto eu gosto do seu sorriso. O quanto eu gosto do seu toque. O quanto eu gosto do seu beijo. O quanto eu gosto das suas “singelas” provocações. O quanto eu gosto de quando você fala no meu ouvido ou faz aquele barrulhinho que me arrepia. Eu gosto de escrever para traduzir em palavras (mesmo que escritas) tudo o que eu sinto. É tão bom. Me faz tão bem. Você sabe disso. É a milionésima vez que eu digo e repito tudo isso incansavelmente. Eu, com você, sou quem eu quero ser sempre. Sabe, eu até consigo nos imaginar daqui a alguns anos, morando juntos, talvez aqui ou talvez bem longe. O lugar não importa muito. Eu teria você e eu seria muito feliz. Mais do que eu já sou. Eu acredito na gente. Eu acredito no que existe entre nós dois. Esse sentimento forte que consegue ser tranquilo e avassalador ao mesmo tempo. Que consegue nos manter abraçados apenas nos olhando e ao mesmo nos faz desejar um ao outro cada dia mais. Eu gosto disso. Gosto de me sentir assim. Uma boba apaixonada, talvez. Mas não me importo em ser chamada desta maneira desde que você esteja sempre ao meu lado.

domingo, 19 de setembro de 2010

Ela estava no escuro. Ele veio acendendo a luz aos poucos e a fez enxergar que ela não estava sozinha. Havia muitos ursinhos em seu quarto, sobre as prateleiras e os bidês, sobre o guarda roupa e as estantes. Ursinhos de todos os jeitos e para todos os gostos, e o melhor, todos estavam lá com o propósito de não deixá-la sozinha. E ele também estava. Ela era quem não enxergava. E agora, ela tinha medo. Um monstro horrível havia saído de seu armário, disfarçado. O monstro a engara muito bem. Mas os ursinhos a salvaram. Fizeram-na perceber que o monstro "em pele ursinho" era realmente um monstro. Sorte a dela tê-los por perto. Sorte dela que também ele estava presente. Ele esperava na porta que ela visse a verdade para que ele pudesse entrar. Foi então que ele começou a acender a luz. Devagar. Até que ela o viu lá, parado, olhando-a. Ele entrou no quarto devagar. E ela foi sentindo-se cada vez mais segura, cada vez mais feliz. Ele abriu a janela e mostrou a ela o céu, cheio de estrelas. Eles ainda eram duas crianças, com seus medos, suas brincadeiras e sua vontade de crescer. E ainda crianças, cheios de esperança, eles olhavam as estrelas, juntos, com a certeza de que um dia poderiam alcançá-las.

domingo, 29 de agosto de 2010

Aqui no meu céu está tudo tão confuso. Por um instante eu vi, lá no horizonte, uma chance de abrir o sol novamente. Mas percebi que o tempo não está bom para sol, ainda. Posso ver uma estrela daqui, ou também não ver. Sei que ela está ali, sinto seu calor. Ele aquece meu céu e ajuda a impedir a chuva. Estrela que me faz acreditar que meu céu ainda pode ser ensolarado. Ela é tão forte, tão terna. Eu pude ouvir. Eu pude ver. E sentir.

Quis deixar aqui minha certeza de que logo minha chuva estará limpa, pura. Poderei chover tranquila em breve. Graças a você. Obrigada estrela!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

- O pior de tudo é que sei que você voltaria para ele se ele te quisesse de volta. Você não consegue entender como isso te faz mal? Joga essa esperança fora e vive a tua vida!

Ela continuou em silêncio. Ouvir aquilo era difícil, muito difícil. Ela preferiu não responder. Dizer que sim seria admitir que continuaria ali no mesmo lugar, seria como dizer que não se importava, mas é claro que ela se importava, e dizer não seria como construir um castelinho na areia, porque se acaso o mar viesse sereno e lindo, ele derrubaria o castelo, de novo. Era verdade.
Ainda me lembro do outro dia como esse.
Lembro que lhe desejei boa sorte a cada intervalo.
E lembro como eu estava feliz em saber que ao sair
você estaria lá fora, lindo, me esperando.
Me dói tanto essa barreira entre nós.
Essa pedra de gelo irritante e inquebrável.
Eu nunca gostei do frio, sabia?

terça-feira, 10 de agosto de 2010

As nuvens aqui estão carregadas. Problema: não sei como chover e o tempo não coopera comigo. Vou esperar. Esse tempo que me impede de fazer o que me faz bem é o mesmo que me fará chover melhor, chover mais...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ah o veneno!

Doce e perigoso. Corre em suas veias e chega a sua boca num gosto delicioso. Ela até que gosta disso. Mas sabe que a faz mal. Afinal, ela usa esse veneno para amortecer seu coração. Ela não quer sentir dor. Já chega! E o veneno tem sido uma ótima saída. Ela sabe que ele é como droga, que uma hora ele não fará mais efeito nela e, logo, a dor voltará. Não sei dizer se será mais fraca ou mais forte. Tudo depende. Dela. Dele. Deles. Delas. De tudo que os rodeia. Sou só uma mera garota contando o que acontece da forma mais intensa possível. Eu tento. Assim como ela sempre tenta manter-se longe de toda e qualquer lembrança de um passado bom e recente. É claro que é inevitável. Mas enquanto o veneno estiver fazendo efeito ela irá continuar a usá-lo. Sua piada diária. Seu motivo para rir. Mas ao mesmo tempo em que ri ela sente uma machadada silenciosa no seu coração. Esse é o preço. Ela sabe que faz mal. Mas, como uma viciada, ela depende sua droga.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Eles. Amigos.

Ela olhou para ele. Ele estava ocupado demais para notar.

Ela sentiu algo diferente. Ele estava com seus amigos idiotas.

Ela pensou "ele deve ser só mais um". Ele virou amigo de suas amigas.

Ela desencanou. Ele passou a sentar do lado dela. Viraram amigos.

Ela "cuidava" dele. Ele era carinhoso com ela.

Ela se divertia com ele. Ele se apaixonou.

Ela não sabia o que sentia. Ele acabava com o vazio dela. Mas eram amigos.

Ela era uma garota tola. Ele era o garoto perfeito.

Ela não queria se envolver. Ele foi embora.

Ela sentia sua falta. Ele veio matar a saudade.

Ela estava feliz. Ele também. Sempre foram amigos.

Ela estava sem ação. Ele pegou suas mãos e sorriu.

Ela ficou sem jeito. Ele tinha olhos perfeitos.

Ela sabia que estava na hora de ir. Ele não sabia que não voltaria mais.

Ela disse "tchau, até logo". Ele a abraçou. Continuariam sendo amigos.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Contra quem se luta

É incrível, mas eu estou bem. Pela primeira vez eu te vi e não senti vontade de chorar. Isso é marco. Quase uma vitória contra mim mesma. Ganhei a primeira batalha. Espero um dia ganhar essa guerra. Lutar contra parte de mim que acredita no “nosso quase-fim” não é nada fácil. E como! Você não sabe como essa parte é forte. Ou talvez até saiba, foi você quem a alimentou no início. Alimentou, em poucas semanas, mais do que eu que a alimentei durante um mês. Por isso está tão forte. Por isso é tão difícil tirá-la de onde está. Ela se segura com tanta força e quando tento puxá-la dói muito mais do que quando ela descobre que está errada. Ela me arranha quando a contrariam, muito. Mas logo ela esquece, tola! Ela acredita mais em você do que em mim. Isso não deveria acontecer, ela está dentro de mim e deveria me obedecer. Por que não me obedece? O que você fez? O que você disse a ela? Diga-me! Agora! Ela está me machucando, você não compreende? Preciso ganhar essa guerra contra ela e reparar o estrago o mais rápido possível. Diga-me!

(Pausa. Respiração forte e ofegante. De repente, um sorriso sem graça.)

Oh, me desculpe. Sei que não tens culpa. Sei que não fizesses por mal. Eu a conheço bem, sei como ela é. É que às vezes eu me descontrolo. Como eu já disse, ela me machuca e não me obedece. Por isso fico assim. E sei que você também não quer mais ela por aqui. Nós sabemos, será melhor para os dois. Mas peço que tenha paciência. A parte de mim que luta contra ela ainda não está tão forte. Afinal foi uma queda grande. E eu não me joguei pela metade. Não sou do tipo que faz isso. Estou lutando diariamente contra ela. Não tinha vencido nenhuma batalha até hoje. Acho que minha parte que sabe viver sem você aprendeu a se alimentar de outro modo e está ficando mais forte. Fico feliz com isso, de verdade. E acredito que “a outra” esteja cansando, ela dorme, dorme muito. Exatamente como eu fazia quando ela me controlava. Dizem que ela tem depressão, eu não acredito que chegue a tanto. Mas sei que o motivo de eu tê-la vencido essa noite foi exatamente esse. Ela está cansada. Cansada de acreditar em você ou no que sentimos. Ela está percebendo que não muda nada. Ainda bem! Não queria ser tão radical, queria convencê-la de que não adianta. Que há mais coisas com que se preocupar. Sei que se eu conseguir convencê-la vai ficar tudo bem e ela vai parar de me machucar. Mas sei também que ela sempre se lembrará de quem a alimentou e, logo, me fará pensar em você. Mas com isso eu consigo conviver, é só consequência afinal...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Caro Ren(r)ew,

É incrível, mas desde que você se foi – ou desde que eu acordei - muita coisa mudou na minha vida. Primeiramente na maneira de enxergar as coisas. Consigo ser parte dos meus amigos agora que você não está mais aqui para me exigir inteira para você. Posso ser parte dos meus amigos em vez de metade dos meus e simbolicamente metade dos seus. Confio mais neles – nos meus amigos -, sinto os laços muito mais fortes. Não que você tenha sido um problema, mas eu me sentia obrigada a ser mais com você – e ainda assim você não se satisfez -. Culpa minha talvez, que nunca consegui ser sua por inteiro. E saiba que as vezes que eu disse ser sua era a minha forma de me convencer disso. Com relação a isso, eu realmente estava errada. Não sei como eu pude ter tanto medo de falar a verdade, talvez as coisas não chegassem ao ponto que chegaram. Hoje encaro o amor de outro jeito, mais sincero, mais doce, mais meu. Não preciso mais me policiar para trazer pessoas aos meus pensamentos, hoje sinto as coisas fluírem naturalmente, como um sentimento involuntário. Concluí, então, que eu sentia por você era admiração pura simples. Você não está acreditando, eu sei, mas é verdade. Encontro nisso a explicação para minhas atitudes, eu queria te fazer feliz porque simplesmente achava que você merecia. Há pouco conheci “um novo você” e pude detectar – infelizmente ou felizmente – o meu erro: Acreditar demais no seu caráter. Como alguém como você pode se deixar levar por raiva, logo você que nunca achou uma atitude como essa digna. Eu fui uma decepção para você. Pois bem, você foi decepção para mim também. A segunda coisa que mudou em mim, e acho que mais importante do fim da nossa relação, foi que, diferente de você, eu me livrei disso. Livrei-me desse sentimento de frustração e fui buscar as coisas que eram importantes para mim. É claro que senti raiva de todas aquelas acusações que você me fez, sou humana, mas não gosto de persistir num erro. Você me disse exatamente: “estais morta pra mim” e achei que seria o melhor a fazer. Hoje finjo que não o conheço – o que é realmente verdade já que como eu disse conheci uma nova pessoa com o fim do nosso relacionamento -, finjo que não o vejo passar. Acho que isso está sendo bom para mim e bom para você. Ambos estão se curando de suas decepções. Um dia – eu espero – que estejamos curados de tudo isso, que só lhe sobrem as boas lembranças do que nós tivemos e que sejamos maduros o suficiente para ficar frente a frente, olho no olho, e dizer: “obrigada por me fazer crescer”.

Meus sentimentos sinceros,
Aquela que chove

domingo, 25 de julho de 2010

Na vida encontramos pessoas capazes de mudar alguns de nossos conceitos, pensamentos ou até opiniões que antes pareciam concretas. Foi isso que aconteceu com ela. Ela conheceu quem a fez ver coisas que nunca vira e sentir o que jamais sentira.

Ela. Sonhadora e inconstante. De boa imaginação. Sua cabeça sempre confusa a impedia e a privava de certas coisas. Até aquele momento.
Ele. Divertido e imponente. De grande coração. Sincero. As coisas eram certas e simples para ele. Até aquele momento.
Convivência e força de vontade. Impossível não sentir o que sentiram. Naquele momento.

Coisas complicadas de um destino. Histórias diferentes. Direções opostas. Eles eram pessoas opostas. Qualquer horóscopo diria que os dois seriam um atentado a força cósmica. Pois bem, será que eles conseguiriam?

O tempo mostrou a ela sentimentos que ela desconhecia. Aquilo a fazia bem até certo ponto. Mas ela, pobrezinha, odiava ver-se esperando por ele. Não gostava da ideia de gostar tanto de alguém.

O tempo mostrou a ele sentimentos que ele não havia sentido durante os últimos dois anos e meio. Ele a via quase o tempo inteiro e seus sentimentos foram se perdendo, talvez. Mas ele não estava infeliz.

Ele achava que o que fazia era o certo. Ela achava certo até certo ponto. Ambos não queriam que as coisas passassem de como estavam. Não era certo, não era tempo e muito menos havia “coisas” o suficiente para isso. Mas vocês sabem meus caros, quando você quer alguém existem pequenas coisas que você faz, até mesmo sem perceber, que acabam sendo de suma importância. E de contra partida existem coisas que você não faz que, mesmo ridículas, têm peso muito grande. Ela tentava esconder. Tudo.

Ela era madura, apesar dele pensar ao contrário.
Ele era maduro, apesar dela indagar isso às vezes.

Todos diziam que eles formavam um belo casal. Mas alguns queriam o contrário disso. Não que eu, caro leitor, acredite muito em energias positivas ou negativas, mas acredito que nesse caso houve muita influencia vinda de várias partes. Quando há pressão, geralmente, as coisas não funcionam direito.

Pois bem. Foi o que aconteceu. As coisas não funcionaram direito. Não julgo nenhum dos dois. Ambos foram impulsionados por uma coisa que não compreendiam o que era. Prefiro acreditar no tempo, prefiro que a ele seja conferida toda a culpa de um relacionamento jovem, forte e "passageiro"...

Olá, bem-vindo ao meu céu!

Quis começar sem ter algo certo. Eu sou assim afinal, o incerto. E também, improvisar é uma arte. Arte que, diga-se de passagem, praticamos todos os dias. Diferente de muitas pessoas que pensam que tudo acontece porque tem que acontecer, eu gosto de pensar que a vida é um improviso. Nada mais inspirador do que pensar que se pode mudar as coisas. Quando você improvisa - age "sem pensar" -, você vive. Intensamente ou não, você vive mais, você aproveita mais. É claro que corre riscos, mas quem não corre? Todas as pessoas, todos os dias, estamos correndo riscos de nos decepcionarmos, de esquecer de coisas importantes, de nos machucarmos, de perder pessoas de quem gostamos muito. Logo, aumentar essa chance não faz muito diferença. Não devemos ter medo de improvisar. De buscar. De amar. De sofrer. De chorar. De beber. De rir. De ver. De acreditar. De perder. Afinal essa é lei, é assim que é, e sempre vai ser. O que muda é que você aprende a diferença entre viver e existir. E essa sou eu. Existindo, vivendo. E chovendo.