terça-feira, 29 de setembro de 2020

Uma carta aberta à menina que chovia por aqui de 2010 a 2012

Antes de tudo, queria te dizer que seus textos de amor eram muito mais incríveis quando você contava suas verdades. E quando você começou a maquiar um relacionamento abusivo, você se perdeu. E se perdeu tanto, que depois que tudo acabou, você esqueceu que escrevia. Esqueceu que este blog e textos nunca foram para uma pessoa alheia, e sim totalmente para você. Contar suas aventuras de amor e ler sobre elas lhe ajudavam amadurecer, lhe ajudavam a aquietar essa mente e coração que viviam a beira de uma tempestade. E sempre foi bom chover por aqui. Sempre foi bom chover as palavras. Então aonde você se perdeu, pequena escritora? Mas deixa eu te contar uma coisa: sua vida mudou muito desde que o último texto foi escrito. A coisa principal que você aprendeu foi que a vida não se resume em aventuras de um amor romântico. Até porque o amor pode ser várias coisas no fim de tudo. O amor pode ser ver a sua família toda junta se divertindo e conversando; o amor pode ser as pessoas dividindo as conquistas delas com você; o amor pode ser alguma coisa mágica que te faz amar um equipe de gincana; o amor pode ser sentir seus amigos perto mesmo sem vê-los por meses e o amor também pode ser encontrar no seu melhor amigo a melhor companhia da sua vida. Sim, você encontrou o amor da sua vida. Na verdade, você finalmente enxergou o amor da sua vida, meu bem. Ele estava ali à 10 anos, esperando o momento certo de florecer. Mas você precisava aprender sobre tudo o que escreveu neste céu. E precisava aprender sobre tantas outras coisas que não estão aqui. Isso tudo te preparou para viver este momento: a maior mudança da sua vida com uma pessoa que te soma. (Mas vou logo parar por aqui porque virá uma chuva gostosa sobre isso). Sua chuva hoje é muito mais complexa. Não se trata de romances, príncipes ou vilões. Se trata de você: uma pessoa vivendo e se questionando cada dia mais para se tornar a melhor versão. Hoje você sabe que todos os laços que possue em sua vida podem e merecem virar um poema ou texto, porque nada como uma chuva para deixar apenas o que precisa em nossos corações. Mas uma coisinha: seus textos me inspiraram a voltar. Obrigada por isso!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Lá vem

Não sei mais. Não entendo mais. O céu nublado atrapalha minha visão. Você tinha razão, vem uma tempestade daquelas a frente. Mas como também disse, infelizmente, temos que aprender sozinhos a sobreviver à ela. Eu mesma já sobrevivi a tantas. Ou achas que meu céu nublado é mera coincidência? Sabes que não, afinal é por isso que não estás mais aqui. E isso se chama escolha. Você teve a sua e eu fiquei com o que eu tinha. Um barco. Um quarto. Um pouco de amor e decepção. Não queria dessa forma, mas foi. Sabe quando construímos um castelinho na beira da praia? No final, quando a mãe chama para ir para casa você não quer destruir o castelo - afinal ele é lindo e passaste muito tempo contruindo-o - então você decide deixá-lo lá, para brincar no outro dia. Mas quando você se dá conta que o mar vai levá-lo, você reza, durante a noite, que reste algo, para que você - sem tanta força como da primeira vez - possa reconstrí-lo. E assim é até o fim das férias. Ou até chegar um tempestade.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Hoje, agora, neste exato momento, eu sinto nojo de você. Como eu pude ficar dois anos um idiota como você? Como eu posso amar um babaca como você? Sinto muito, mas é isto que tu és. Estaria tudo bem, tudo ótimo, se não achasses que tinhas o direito de dar em cima de uma das minhas melhores amigas. Por mais que me doa, por mais idiota que sejas, prefiro ficar por perto. Não sei porquê, mas acho que vais precisar. Essa sua cabeça fraca vai fazer com que isso aconteça. Afinal, tens conhecidos apenas. Essa sua mania de ser amigo de todos e de nenhum ao mesmo tempo não é muito útil nessas horas né. Eu tenho sorte em ter amigos e amigas de verdade que me querem bem e jamais me trairiam. É uma pena que não saibas dar valor isso. É realmente lamentável. Obviamente não está fácil para mim, juntar todos os cacos. Ou melhor, meus baldinhos e pazinhas de praia (já que é a um castelinho de areia que eu tenho comparado nosso relacionamento). Juntar tudo e ir embora, deixar o mar levar. Mas pra você, parece (e é) muito fácil agora. Sempre foi. No fim das contas eu gosto mesmo de você. Porque eu te conheci até fundo, até alma. Encherguei mais do que você mesmo consegue enchergar. Eu fui tua força quando querias fugir. E naquele dia, principalmente, eu vi quem tu és. Por isso me sinto no direito de dizer tanto, e só por isso. Por que se quiseres tu consegues ser mais. Consegues ser forte, consegues ser livre. Porém, se deixares muito tempo essa máscara em teu rosto, logo aceitarás a mentira que construiste. Serás lindo aos olhos, mas vazio por dentro. Sinto muito, apenas, por mim. Por ter acreditado, confiado. PS: Hoje eu sei que não fui nosso problema!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Di.vi.dir.

Palavras. Sonhos. Liberdade. Medo. Compreensão. Força. Apoio. Esperança. Fugir. Correr. Viajar. Sonhar. Nada te prende. Só. Você. Eu. Sonhos. Carro. Baladas. Festas. Praia. Verão. Férias de verão. Longboarding. Surf. Conhecer. Auto-conhecimento. Filmes. Pipoca. Cobertor. Ar Condicionado. Apartamento. Cachorro. Amor. Liberdade. Amizade. Decepção. Dar. Receber. Troca. Apoiar. Conversar. Expressar-se. Roubar beijo. Terminar tudo em sexo. Finalmente. Final. Mente. Cabeça. Pensamentos. Considerar. Fazer valer. Arrependimento. Não. E se. Nunca. Tentar. Força. Apoio. Esperança. Mudar. Convercer de que isso é certo. Paciência. Desculpas. Amor. Amizade. Carinho. Troca. Ter alguém. Ao lado. "Sempre".

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Senti necessidade escrever, vomitar essas palavras trancadas em minha garganta. (...) Pensei que talvez, você estivesse me achando frágil demais a ponto de estourar por qualquer motivo tolo. Mas saiba que com tudo que nos aconteceu eu me sinto muito mais forte. E segura. Queria te dizer que podes comentar comigo se aquela garota é ou não bonita, gostosa ou afins. Podes me contar quando uma garotinha vem dar em cima de você. Eu não vou dar chilique e fechar a cara para você (mesmo que a culpa seja da sua beleza). Podemos até rir juntos, e como podemos. E é por esses e por outros motivos que quis descrever aqui algumas das coisas que eu ainda quero fazer com você (a curto e médio prazo). 1- Quero pegar o carro numa quarta-feira a noite para alugar algum filme "exótico". 2- Sair de uma festa chata e parar em algum lugar para curtir o resto da noite. 3- Fazer compras. 4- Te fazer um ótimo café da manhã, bem daquele jeito que tu gostas. 5- Conhecer e sair com teus amigos. 6- Viajar com e sem rumo, de moto ou de carro. 7- Cozinhar com e para você. 8- Te ver cozinhar para mim. 9- Sair para passear com nosso cachorro. 10- Lutar boxe em cima da nossa cama. 11- Sair para encontrar algum lugar bom para andarmos de longboard. 12- Te ver surfar. 13- Morar em um apartamento antes de partirmos para o “até que a morte os separe”. 14- Passar um dia inteiro em casa com muito comida. 15- Acampar numa praia.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Um pouco sobre amor

Acho que amor deveria ser sempre recíproco. Até aquele que é namorinho de jardim de infância. Amor é amor. Não deveria ser pronunciado em vão. Eu te amo hoje é uma frase de fácil acesso e por isso tornou-se tão perigosa. As pessoas amam, desamam, amam de novo, voltam a desamar e nunca sabem se amaram de verdade. A vida não passa de uma série de desamores. E o pior é as pessoas acharem isso tão normal. O futuro dessas pessoas é morrerem sozinhas e achando a vida injusta por não lhes dar uma chance de amar... Acorda! Você teve oportunidades, todas aquelas vezes que você amou, depois e desamou porque enjoou, porque namorava a distância, porque se achava jovem, porque se achava velho, porque não queria se machucar. Todas essas vezes o amor lhe bateu porta e você não quis abrir. Ou teve medo de lutar.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Guerra em cores

Você olha em volta e vê guerra. O branco com sua neutralidade logo ganha cores. Fortes, cortantes. Cores que machucam. Se machucam. Quebrando a aparente paz que predominava sobre o local. Nada como uma guerra para revelar as coisas como são. As pessoas tomam suas formas. Tomam sua ignorância em mãos e atiram. Atiram suas dores e temores. E tentam tirar tudo o que há de bom daqueles com quem convivem. E mal sabem que como o cigarro infectam a si mesmo. Destroem-se e recontroem-se de restos. Restos desintegrados daquilo que seria, se houvesse dado certo. Reconstrução falha. Não há sentimentos que provoquem uma palsa, a calma, um pouco de amor. Eles não se deixam sentir. Ou não querem. Mas aqueles que sentem não trocariam tal sentimento por coisas supérfluas. Todos sabem, por fim, que a causa desta guerra não é vontade de dar seu grito de liberdade e sim, exatamente aquilo que poucos têm e muitos querem: O AMOR.