quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Lá vem

Não sei mais. Não entendo mais. O céu nublado atrapalha minha visão. Você tinha razão, vem uma tempestade daquelas a frente. Mas como também disse, infelizmente, temos que aprender sozinhos a sobreviver à ela. Eu mesma já sobrevivi a tantas. Ou achas que meu céu nublado é mera coincidência? Sabes que não, afinal é por isso que não estás mais aqui. E isso se chama escolha. Você teve a sua e eu fiquei com o que eu tinha. Um barco. Um quarto. Um pouco de amor e decepção. Não queria dessa forma, mas foi. Sabe quando construímos um castelinho na beira da praia? No final, quando a mãe chama para ir para casa você não quer destruir o castelo - afinal ele é lindo e passaste muito tempo contruindo-o - então você decide deixá-lo lá, para brincar no outro dia. Mas quando você se dá conta que o mar vai levá-lo, você reza, durante a noite, que reste algo, para que você - sem tanta força como da primeira vez - possa reconstrí-lo. E assim é até o fim das férias. Ou até chegar um tempestade.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Hoje, agora, neste exato momento, eu sinto nojo de você. Como eu pude ficar dois anos um idiota como você? Como eu posso amar um babaca como você? Sinto muito, mas é isto que tu és. Estaria tudo bem, tudo ótimo, se não achasses que tinhas o direito de dar em cima de uma das minhas melhores amigas. Por mais que me doa, por mais idiota que sejas, prefiro ficar por perto. Não sei porquê, mas acho que vais precisar. Essa sua cabeça fraca vai fazer com que isso aconteça. Afinal, tens conhecidos apenas. Essa sua mania de ser amigo de todos e de nenhum ao mesmo tempo não é muito útil nessas horas né. Eu tenho sorte em ter amigos e amigas de verdade que me querem bem e jamais me trairiam. É uma pena que não saibas dar valor isso. É realmente lamentável. Obviamente não está fácil para mim, juntar todos os cacos. Ou melhor, meus baldinhos e pazinhas de praia (já que é a um castelinho de areia que eu tenho comparado nosso relacionamento). Juntar tudo e ir embora, deixar o mar levar. Mas pra você, parece (e é) muito fácil agora. Sempre foi. No fim das contas eu gosto mesmo de você. Porque eu te conheci até fundo, até alma. Encherguei mais do que você mesmo consegue enchergar. Eu fui tua força quando querias fugir. E naquele dia, principalmente, eu vi quem tu és. Por isso me sinto no direito de dizer tanto, e só por isso. Por que se quiseres tu consegues ser mais. Consegues ser forte, consegues ser livre. Porém, se deixares muito tempo essa máscara em teu rosto, logo aceitarás a mentira que construiste. Serás lindo aos olhos, mas vazio por dentro. Sinto muito, apenas, por mim. Por ter acreditado, confiado. PS: Hoje eu sei que não fui nosso problema!